No primeiro review que fizemos, a ferramenta até impressionava na força, mas deixava a desejar na autonomia e qualidade das baterias. Agora, com essa nova versão, a promessa é de melhorias reais. E sim, dessa vez o teste foi completo e detalhado!

Primeiras impressões: apresentação e kit completo

Logo de cara, o que chama a atenção é o capricho da embalagem. A chave de impacto vem em uma maleta rígida, simples, mas funcional. Dentro, encontramos o manual, um portfólio da marca, acessórios variados, e claro, duas baterias, o carregador e até um clipe de cinto.

Apesar de alguns acessórios não serem tão úteis (como um mandril genérico que acompanha o kit), os soquetes incluídos quebram um bom galho. São tamanhos 14 mm, 17 mm, 18 mm e 22 mm — suficientes para usos rápidos e domésticos.
Não dá pra esperar padrão profissional nesses acessórios, mas para quem usa de forma ocasional, eles atendem bem.

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A maleta em si é simples, mas protege bem o conteúdo. Os fechos são básicos, porém resistentes. No geral, o kit é honesto pelo preço que a ferramenta se encontra no mercado.

Design e construção da máquina

A Chave de Impacto Ryoku continua com um design muito bonito e ergonômico. O corpo é emborrachado, o que melhora a pegada e evita escorregões durante o uso.
O motor é brushless, ou seja, sem escovas de carvão — o que garante mais durabilidade, torque e menos manutenção.

Um ponto que chama atenção é o LED frontal, que tem uma ótima concentração de luz. Ele ilumina exatamente o ponto de trabalho, ideal para quem precisa apertar ou soltar parafusos em locais com pouca iluminação.

Outro destaque é o gatilho variável com quatro velocidades eletrônicas. Essa regulagem permite controlar melhor o torque e adaptar o uso de acordo com a necessidade.
O curioso é que a numeração vem invertida — a “velocidade 4” é a mais baixa e a “1” a mais alta —, mas nada que atrapalhe o desempenho.

Além disso, há indicador de carga de bateria no corpo da máquina e um sistema de memória inteligente, que mantém a configuração de velocidade e sentido de rotação mesmo após remover e recolocar a bateria.

Funcionalidades e melhorias importantes

O grande destaque dessa nova versão é a correção do problema nas baterias.
No primeiro modelo, elas tinham células falsas que entregavam muito menos energia do que o anunciado. Agora, as baterias vêm com todas as células soldadas corretamente, com construção mais robusta e segura.

Durante os testes, ficou claro que o desempenho foi aprimorado.
Mesmo que as baterias ainda não entreguem os 6 Ah prometidos, elas agora oferecem autonomia real de aproximadamente 2.7 Ah, o que é suficiente para uma boa sessão de trabalho leve a intermediário.

O carregador continua sendo básico — leva em média 7 a 8 horas para carga completa, com corrente de saída de 0,4 A. Não é o mais rápido, mas cumpre seu papel sem superaquecer ou danificar as baterias.

Desempenho e testes práticos

Chegou a hora de ver o que realmente importa: o desempenho da Ryoku em ação.
Nos testes realizados no Ferramentas & Love, a ferramenta foi colocada à prova com diferentes torques e tarefas.

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🔹 Teste de torque:

• Em 100 N.m, a máquina soltou os parafusos com facilidade.
• Em 200 N.m, também foi tranquila.
• Em 270 N.m, surpreendentemente, manteve o bom desempenho.
• O pico registrado de desaperto foi 229 N.m, o que mostra um ótimo rendimento para uma chave de impacto de entrada.

Esses valores podem variar conforme o tipo de teste e as condições, mas servem como um parâmetro realista de força. Mesmo não alcançando os 600 N.m que estão na etiqueta, a máquina entrega algo em torno de 300 N.m reais, o que é excelente na faixa de preço.

🔹 Teste em rodas automotivas:
Em parafusos de roda com torque entre 150 e 170 N.m, a Ryoku deu conta sem esforço.
Ela demorou um pouco mais em alguns casos, mas conseguiu soltar todos — o que comprova que dá conta do recado para uso leve e intermediário.

🔹 Teste de furação e parafusamento:
Com o mandril híbrido, foi possível usar tanto soquetes de meia polegada quanto bits de 1/4.
A ferramenta cravou parafusos longos (5×60 mm) com facilidade e perfurou madeira com brocas chatas até 22 mm sem travar.
O motor brushless faz toda a diferença nesse tipo de tarefa, garantindo torque estável e menos vibração.

Detalhes técnicos e construção interna

Ao abrir a máquina, a análise mostrou uma montagem interna bem feita.
Os componentes eletrônicos estão organizados, com fiação segura e placa controladora simples, mas eficiente.
O motor brushless é robusto, e o capacitor principal (470 µF) garante estabilidade durante o funcionamento.

Um ponto que poderia melhorar é a ausência de guarda-pó, que ajudaria a proteger o conjunto mecânico em ambientes mais empoeirados. Mas, considerando o preço, é um detalhe aceitável.

Conclusão: a Chave de Impacto Ryoku vale a pena?

Sim — vale a pena, desde que você entenda o propósito da ferramenta.
A Ryoku não é uma chave de impacto profissional, mas é uma excelente opção para uso doméstico, pequenos reparos, montagens e serviços leves.

As melhorias nas baterias corrigiram o principal problema do modelo anterior.
A potência, o conforto no uso e o design moderno fazem dela uma ótima escolha para quem quer entrar no mundo das ferramentas elétricas sem gastar muito.

Com o preço promocional e eventuais cupons, a Ryoku oferece um dos melhores custo-benefício do mercado entre as chaves de impacto de entrada.

Se você quer ver o teste completo na prática, com todos os detalhes de torque, velocidade e desempenho, corre lá no canal Ferramentas & Love no YouTube.
Lá mostramos tudo de forma clara e sem enrolação — com comparativos, dicas de compra e links dos produtos testados.

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